domingo, 22 de junho de 2014

O “Novo Homem” ou a nova Psicologia Masculina

Gustav Vigeland
         Desde as últimas décadas, após a ascensão das mulheres na sociedade, fruto de suas conquistas pelos movimentos feministas (com início nos anos 60) e de sua participação cada vez maior e mais ativa no mercado de trabalho, a condição masculina, ou como nomeamos aqui como a nova Psicologia Masculina, modificou muito.
            Se antes o homem se reconhecia apenas pelas questões de virilidade e potência, hoje ele se depara com diversas outras características que vem a agregar tanto na sua personalidade como no seu modo de vida. Esses outros aspectos incluem tanto uma nova forma de relacionar com a mulher, outros homens e os filhos, como também cuidados consigo mesmo. Em casa, passou a repartir tarefas que antes pertenciam somente ao universo feminino: trabalhos domésticos, cuidados com os filhos, maior presença e participação afetiva na família. Consigo mesmos, uma maior preocupação com a própria saúde, um outro olhar para as questões afetivas e a amenização para as exigências sociais sobre as atitudes de virilidade.
            A sociedade contemporânea vem passando por um processo de transformação quanto às identidades de gênero. Atitudes masculinas e femininas se misturam e podem confundir, muitas vezes, a consciência dos homens mais arraigados à cultura patriarcal, a qual estabelecia divisões muito claras para comportamentos de homens e mulheres. Hoje o homem encontra o desafio e o privilégio de desfrutar de outras formas de ser, no empenho da construção de uma identidade masculina menos rígida e mais flexível aos valores sociais que se descontroem e se reconstroem.
            Como é ser um homem viril nos dias de hoje? O que é virilidade na sociedade contemporânea?
Ótimas questões para a clínica masculina!
           
Alessandra Munhoz Lazdan
CRP 06/69627

Um comentário:

  1. As duas grandes guerras provocaram uma mudança demográfica nos países envolvidos que eu acredito ser um pano de fundo das mudanças na estrutura das famílias e também na entrada da mulher no mercado de trabalho. Ambas as guerras trouxeram uma grande mortalidade de homens jovens, que para as famílias significou um aumento da quantidade de mães solteiras e crianças crescendo na qualidade de órfãs. A mulher forçosamente precisou ir ao mercado de trabalho, como parte do esforço de guerra, nas fábricas de armamentos, de uniformes e de comida enlatada. A guerra facilitou a aceitação social do trabalho feminino, numa época ainda com preconceitos vigentes. A grande mortalidade masculina também levou muitos lares a terem uma mulher como chefe de família, criando filhos que cresciam sob uma outra forma nova de autoridade no lar. Muitas dessas crianças, ao atingirem o início da vida adulta, ajudariam a fazer a revolução social e cultural que ocorreu nos anos 60, e que se notarmos bem, está distante da II guerra mundial pelo espaço de aproximadamente 20 anos

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