O Grito - Edvard Munch |
Ela é a forma mais acentuada dos
transtornos de ansiedade. Como o próprio nome diz, reproduz um estado de pavor
intenso. A diferença entre o Pânico e outras crises de ansiedade é que ele
aparentemente não é desencadeado por fatores externos. É como se a crise
acontecesse sem fundamento algum. Mas veremos que não funciona bem assim.
Os sintomas se confundem com um
ataque cardíaco: o coração acelera muito, a pessoa sente falta de ar, dor no
peito, tontura, tremores, sudorese e sensação de iminência de morte. Depois da
primeira crise, geralmente a pessoa desenvolve o medo das próximas crises, o
que faz com que ela comece a evitar certas situações (como dirigir, por
exemplo) e a ter a vida com algumas limitações.
A psiquiatria vai dizer que não
existem causas. A análise psicológica tem outra visão e identifica muitos
fatores para o desenvolvimento do quadro do Pânico. O que ocorre em geral é que
a vivência de eventos difíceis e que tiveram forte impacto na vida da pessoa,
como algum tipo de perda, doença, separação, crise profissional, entre outros,
podem leva a um desencadeamento para o quadro do pânico, desde que essas
situações não foram devidamente elaboradas ou assimiladas pela pessoa. Essas
ocorrências podem ter acontecido até dois anos antes das primeiras crises, o
que reforça a impressão que elas não têm causa. Outra possibilidade para a
instauração do quadro é a antecipação de mudanças que estão para acontecer, e o
indivíduo pode sentir que não está preparado para lidar com elas. O que ocorre
é que os conteúdos psíquicos ficam abaixo do nível da consciência e, no
transtorno do pânico, se mostram de maneira súbita na forma de sintoma. O fato
de não termos consciência desses conteúdos não significa que eles não existam,
e principalmente, que eles não exerçam influência sobre nosso estado mental e
emocional.
O tratamento, quando o quadro é
muito acentuado, precisa de auxílio medicamentoso e a psicoterapia é
fundamental para se identificar quais são os fatores que estão gerando as
crises, mas que não estão no nível da consciência e, por isso, continuam
afetando a estabilidade emocional do indivíduo.
Alessandra
Munhoz Lazdan
CRP
06/69627
Só mesmo que já passou ou está passando por isso sabe o que é.....
ResponderExcluirTenho 40 anos e iniciei meu tratamento a 30 dias.
Gostaria muito de trocar experiências com outras pessoas.
paulohenrique.francisco@gmail.com